por José Hermano Machado Presidente da Junta de Freguesia de Mouçós Passados 36 anos da Revolução de Abril, mais do que recordar o significado de tão incontornável efeméride, julgo ser mais pertinente, e até um acto de justiça para com a própria essência do 25 de Abril de 1974, deixar-vos umas breves palavras sobre aquela que considero ser uma das mais verdadeiras e legítimas concretizações da Democracia: o Poder Local. Tive a oportunidade e o grato privilégio de acompanhar esta viragem histórica na vida do País, enquanto militar destacado na Escola Prática de Engenharia de Tancos, uma unidade territorial do Exército Português, que, no período de 1961 a 1974, correspondente à guerra de Angola, Moçambique e Guiné, desempenhou um importante papel na preparação dos Quadros de Engenharia e de outras Armas e na Mobilização de pessoal e Unidades, tendo participado activamente nas operações que levaram ao sucesso da “Revolução dos Cravos”. Depois do 25 de Abril de 1974, iniciado um período de autonomia local sem memória, vivenciei, bem de perto, todo o processo de afirmação do Poder Autárquico, mais próximo das populações e democraticamente legitimado pela escolha do Povo, através de eleições livres e democráticas. Desde a realização das primeiras eleições autárquicas em 1976, estou ligado à organização e gestão dos destinos da nossa Freguesia e, 10 anos depois, em 1986, assumi a liderança da Junta de Freguesia de Mouçós, função essa que exerço até aos dias de hoje. A relação de estreita proximidade entre o Poder e a Comunidade é, sem dúvida, responsável por grande parte do progresso e melhoria efectiva da qualidade de vida, da liberdade e maior justiça social que o País conheceu nestes últimos 36 anos. Apesar do muito que há ainda para fazer, porque nunca deixaremos de querer mais e melhor, é inegável o papel que o Poder Local assumiu, e assume, nesta matéria e mais de 30 anos de Democracia falam por si. Basta um olhar rápido, que não precisa de ser assim tão recuado no tempo, para constatarmos que o tão desejado desenvolvimento, as “conquistas de Abril” saltam à vista de todos de norte a sul do País. O Concelho de Vila Real e a Freguesia de Mouçós, assim como todas as outras, são disso mesmo um bom exemplo. Algumas vozes dirão que poderia ser diferente, que poder-se-ia estar bem melhor, que se cometeram erros. Contudo, tais discursos e mau grado os “Velhos do Restelo” que, ainda hoje, persistem e teimam viver ancorados a uma visão pessimista de tudo o que os rodeia, não invalidam, de forma alguma, o facto, a meu ver irrefutável, de que o balanço é muito positivo. Quem percorrer Vila Real e as suas freguesias, como acontece por todo o País, encontrará as infra-estruturas e os equipamentos necessários à melhoria da qualidade de vida das populações, fruto do trabalho, empenho e esforço em prol do desenvolvimento local, tendo as autarquias desempenhado um papel de grande relevo, melhor dizendo, insubstituível e, muitas vezes, em substituição do próprio Estado, na sua realização. As potencialidades e mais-valias decorrentes da proximidade na materialização das vontades e necessidades das populações são, por isso mesmo, responsabilidades acrescidas e deixam antever, a cada dia que passa, outra meta cumprida, novos e mais complexos desafios para os titulares dos órgãos autárquicos. Na verdade, tudo temos feito para honrar o legado promissor de Abril e corresponder, dentro daquilo que são as nossas competências, responsabilidades e possibilidades, às expectativas e necessidades dos nossos cidadãos, conscientes de que as acções e decisões dos políticos de hoje devem ser oportunas e estratégicas, porque delas depende o futuro colectivo. Os desafios do futuro com que o Poder Local se vê confrontado passam, felizmente, pois significa que outras carências básicas e dificuldades foram já ultrapassadas, por questões que se prendem com a qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, integração social de todos os cidadãos, combate à pobreza, à exclusão social, ao abandono escolar, consolidação da capacidade produtiva e da competitividade do Concelho, em torno das quais giram as grandes preocupações e prioridades do Poder Local. Vivemos no tempo de uma nova fase da história da Democracia Autárquica, em que o Poder Local passou para a “fase adulta” (maturidade), o que não significa perda de vitalidade e energia, muito menos estagnação. Muitos têm sido os obstáculos com que nos deparamos todos os dias, mas são, igualmente, muitos os esforços para superá-los, sobretudo nestes tempos que correm de grandes e sérias dificuldades. Mas como o presente não se constrói sem passado, aproveito esta oportunidade para, nesta breve mensagem, prestar uma singela, mas sincera homenagem, a todos os autarcas eleitos, no período pós 25 de Abril, muito especialmente, a todos os antigos autarcas da Freguesia de Mouçós. Todos eles, sem excepção, serviram o Município e a Freguesia e, por isso, contribuíram, de alguma forma, para que, hoje, data em que se assinalam os 36 anos da efeméride, mais do que a evocação da Liberdade e do espírito da Democracia, se celebre a dedicação do Poder Local à Causa Pública. Viva Mouçós! Viva Vila Real! Viva a Democracia! This is your new blog post. Click here and start typing, or drag in elements from the top bar.
Jesus o Bom Pastor. Entregou a sua vida pelas ovelhas, sacrificando-se por elas. Ordenou aos seus discípulos que continuassem a sua missão: proclamar o Evangelho de forma a atingir o bem eterno na terra dos vivos. A nós importa retribuir com Caridade e Amor. Quando o Amor de uma Família gera a vida que se tem, não admira que as vozes de Mouçós consigam ir mais além! Porque são vozes. Porque são das pessoas. Porque juntas mostram ser uma Família. De Mouçós e de Vila Real. Gente da nossa terra! O Boletim do Coro Misto de Mouçós: excelente iniciativa. Não é mais do que um grande exemplo de aproximação de todos os que deles gostam e fazem parte: o Coro Misto de Mouçós. As vozes de um coro. As vozes de uma Família. Por isso: - Ó gente da minha terra, é meu e vosso este fado. A missão cabe a todos nós e, também, à Família Coro Misto de Mouçós. Com lealdade, fidelidade, personalidade e subtileza, este Boletim é mais uma porta que se abre a todos. Nuno Oliveira Santos O 4º Domingo da Páscoa |
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